Thursday, June 30, 2011


Estou com vontade de cair nos teus braços de novo...mais uma vez...indefinidamente...para sempre. Parar o tempo. Consumir-te. Devagarinho. Tornar-te parte de mim. Absorver-te. És meu.


She: Are you afraid of loosing me?
He: Sometimes I am... but most of the time, I believe I won't.

Saturday, June 25, 2011


Desculpa-me pelos momentos em que não acredito em ti, em nós. Entendo agora quanto isso te deve doer. Eu, que sou prisioneira da minha insegurança, do meu medo de que não queiras ficar comigo, estou basicamente a fazer-te sentir algo semelhante. Que não chegas, que devias ser mais, que tens algo de errado e que nunca vais conseguir ser a primeira pessoa para mim. Perdoa-me. Não mereces ouvir lágrimas. 

E é por isso, meu amor, que vou parar. Deixar-me destas montanhas russas e cair no teu abraço sólido e quentinho. E aceitar o que me queres oferecer. Vou acreditar em cada palavra tua. A partir de agora, com cada fantasia idílica que me apresentares eu também vou vibrar, também vou sonhar! Vou parar de dar passinhos pequeninos e vou voar contigo! Vou parar de te culpar de crimes que não são teus! Vou atirar-me sem pára-quedas. Confio em ti para me apanhares.

E sei que vais fazê-lo


Adoro quando:

te pões atrás de mim, me encostas para ti e me abraças
me dizes que sou única
tocas piano para mim e te desconcentras quando te toco
usas a tua voz de bebé
tentas contar as minhas sardas e baptizá-las
respiras junto ao meu pescoço
me cumprimentas com os braços bem abertos
roças o teu nariz no meu
estamos simplesmente deitados ao lado um do outro
lutamos na brincadeira
os teus olhos cintilam a olhar para mim
me fazes festas na mão
dizes que não tenho motivos para ter medo
me chamas "memê"
sorris e as tuas bochechas ficam enormes
dizes que tens orgulho de mim
começas uma luta de almofadas
murmuras que sou linda
tentas iniciar um tango comigo - não sabendo dançar
dizes que vais aprender a tocar uma peça muito bonita e vai ser a nossa canção
do nada, me dás um beijo na bochecha ou no pescoço
me tentas fazer cócegas
me escreves coisas bonitas
me ofereces coisas sem motivo - embora eu seja uma parvinha a receber prendas
me mostras coisas que mais ninguém sabe
dizes que te completo
encostas a cabeça no meu peito
sopras suavemente o meu cabelo da frente da tua cara
me tentas dar um beijinho à borboleta
ando às tuas cavalitas
rimos juntos
fazes as tuas caretas fofinhas
vemos um filme abraçadinhos
me arrepias
dizes que adoraste o que escrevi
falas comigo até adormecer
sorris ao ouvir-me falar das minhas memórias de infância
me fazes festinhas na cara enquanto estou no teu colo
os teus lábios encontram os meus
me abraças e puxas para ti enquanto durmo
dizes que esperas passar muitos anos junto a mim
ouço um "amo-te tanto"
me dizes que sou a mulher da tua vida

Às vezes gostava de o conseguir fazer. De esquecer que tenho esta coisinha fraca a bater aqui dentro.


Às vezes dói amar-te tanto. Divido-me entre a minha vontade de preencher os meus dias contigo e o medo que o deixes de querer um dia. Sou desiquilibrada, sim. Tombo. Afinal preciso de ti. Preciso que me segures, que contrabalances a minha queda livre. Pecarei por querer-te tanto? Deveria o meu coração ter aprendido as lições e deixar de querer o "para sempre"?

Thursday, June 23, 2011


Odeio quando:

tentas fazer de mim o que não sou
ficas horas sem dar notícias
me recusas
me fazes sentir pequenina
não me desejas uma boa noite
não reages às minhas palavras bonitas
não me dás a mão
me fazes sentir partida ao meio e não estás aqui para me completar



Aguardo. Vai-me sobrando a linda memória dos teus olhos risonhos, do teu nariz a roçar no meu, do teu cheiro atordoante. Em pequenas fracções de segundo, pergunto-me onde andas...em quem pensas...o que queres. Julgo saber. Mas às vezes, apenas às vezes, vagueio, desconheço. E temo. Temo tanto. Tudo e mais ainda. Cada aresta por limar, cada ponta aguçada que te espeto, como se te desafiasse. Mas não, não é um desafio. É tão somente o que sou. Errada às vezes. Feia. Por momentos. Mas sempre tua.

Monday, June 20, 2011


Não há dia nenhum em que não queira olhar-te enquanto dormes, lamber as tuas pestanas ou morder as tuas bochechas. Não passa dia nenhum sem que os passos que dei para longe de ti me magoem. Sei que devia amar-te menos, mas não consigo. Tenho um novo coração, implantado, mas também ele se deixa invadir por raízes, as tuas. Tens permissão para me perfurar até onde quiseres, nem é preciso pedir, eu abro os olhos e as portas. Calo aquela voz desafinada que se ri de mim e me promete mais dor. Porque eu não quero saber se me vais magoar ou não. Amar-te é a recompensa. 

Friday, June 17, 2011


Tenho tantos pedacinhos minúsculos, que se espalham, que tantas vezes me tornam dispersa e instável... Mas também eles se reúnem, por momentos, quando descanso junto de ti. Suspendem, ao mesmo tempo que o meu espírito se acalma, e todos os meus medos, aquelas facas pequenas com as quais não me deixo de espetar, se esfumam. E aí trazes-me paz, mascarada de pensamentos intrusivos, de cores tempestuosas mas harmoniosas... Sempre aquela luz que se desfia pela janela, aquela tua quentura, a salvar-me do gelo da dúvida... Aproximo-me mais da tua pele morna, linda, beijo-a, sinto-me evaporar no teu abraço. De certa forma morro, de cada vez, a minha forma preferida de partir...perdida nos teus braços. E não há passado, nem presente, nem futuro, está tudo suspenso. Preservo este momento num retrato sépia mental. Daqueles bonitos...que se guardam em baús intrincados...feitos de cordas e tendões...no peito.

(a ouvir isto ao teu lado)

Tuesday, June 7, 2011



Não sabia, nos poucos momentos em que te olhei nos olhos, nem enquanto te dizia que odiava preservativos de morango - sem nunca ter tocado em nenhum! (não me canso de repetir esta história), há quase 4 anos atrás, que iria estar hoje a teu lado. De mãos dadas, a caminhar. E vale tanto a pena. 
Gosto de pensar que crescemos e agora, que nos reencontramos, está tudo prontinho para encaixar. Destino, como tu dizes. 

Não consigo descrever quão feliz me fazes. Imenso. Para lá de muito. Verdade. Só sei que te quero guardar para sempre. E, sim, ainda tenho medo que um dia acordes e queiras ir... Que olhes para mim e não vejas a pessoa que amas. Que partas. Mas é também verdade que, se alguma vez tiveres de ir, guardarás um pedacinho de mim contigo. Eu sei que guardarei. 

Friday, June 3, 2011


Como amante confessa do caos, adoro pedaços de desalinho, linhas quebradas. De tal forma que amo cada lasca da tua tinta, cada canto imperfeito do esconderijo que encontro em ti. Sinto-me num abrigo verdadeiro, com as pedras a perder terreno à humidade, de modo que, de tempos a tempos, é preciso poli-las. E no espelho, onde outrora perdera o meu próprio reflexo, encontro-me tal e qual como me vês, finita, amarrotada, imperfeita, linda. E assim posso ter um sorriso genuíno, que assenta em algo real. É tudo tão cortante, tão vibrante junto de ti...E dou por mim, noutros tempos amante do vento, dos cantos impossíveis e dos caminhos de ouro, a encaixar nesta realidade de uma forma que não julgava possível. e a querer-te. Querer cada pedacinho teu, desfiar as nossas entranhas no nosso caminho de união. É um caminho desafiante, cheio de portas fechadas e arrombadas (que rodar maçanetas é demasiado subtil para o amor). Mas é neste caminho que me vou apaixonando mais e mais por ti, que me aconchego na nossa felicidade e compreendo o quanto valemos a pena... És um óptimo companheiro de construção. Tenho a certeza que juntos faremos algo lindo. Já fazemos. Somos imperfeitos e sabemo-lo. E isso é só mais um motivo pelo qual acredito que resulte.