Sunday, November 28, 2010

Odeio-te por te amar
Todos me dizem para eu seguir, incluindo uma parte de mim... Mas se eu quiser petrificar-me, quem me garante que isso não é o melhor?

Friday, November 26, 2010

Tenho de ficar em paz comigo mesma e aceitar o que a vida me trará na próxima maré... Custa fechar esta porta... Mas hei-de fazê-lo, se preciso for!

Thursday, November 25, 2010

O silêncio queima...desfaz-me...vou-me fazer poeira...

Wednesday, November 24, 2010

Apetece-me pousar-te a mão no ombro e sussurrar "Não vás por aí...".

Mas tenho de te deixar seguir sozinho...
Não posso querer-te,
esse luxo escapou-me das mãos.

Não posso chorar a tua ausência,
porque não morreu ninguém.

Não posso sonhar contigo,
já que isso me destrói por dentro.

Não posso implorar,
pois nada muda a realidade.

Não posso perder-te,
mas é tarde demais.

Só posso olhar em frente
e pôr um pé à frente do outro.

Tuesday, November 23, 2010

Serás apenas um peso-morto que tenho de soltar?


O meu coração diz que não...
Vou continuando o meu caminho... Cambaleio em todos os obstáculos, mas avanço sem medo... Hei-de chegar a algum lado...

Sunday, November 21, 2010

Fechei o meu coração quando te deixei entrar. Agora que forçaste a saída, já não há quem possa encontrar abrigo aqui... A porta pende...
Não estou à tua espera. A minha vida é que está a continuar, deixando-me para trás...
Finalmente, o que mais queria foi-me tirado... Parece que deus se debruçou entre as nuvens e procurou, sem parar, até encontrar a pessoa mais feliz, para lhe murmurar "acabou-se o tempo". Sim, porque eu fui a pessoa mais feliz durante toda a nossa vida (sim, já parecia uma vida)... Todos os dias acordava perplexa com a minha própria felicidade, com toda a minha plenitude, e pasmava ao espelho, olhando aquele rosto completo, e esboçava um sorriso tímido. Sim, condiz comigo...

Agora... Agora há que aprender a viver sem essa felicidade. Dói... Mas a vida é mesmo assim...

Friday, November 19, 2010


Passaram-se quase duas semanas... duas semanas que me têm arrastado, meia-viva (sim, sempre meia-viva, nunca meia-morta, sou positiva até ao fim, mesmo que doa)... Nunca pensei que as palavras me pudessem morrer deste jeito, não encontro frases que façam justiça a esta dor...ou melhor, já nem é bem dor, é torpor... Não sou eu quem tem acordado todos os dias, e continuado a viver...ou tentar... É apenas um resto resistente daquilo que fui...

Porque serei só eu a ver, mesmo com os olhos velados pela água?

Saturday, November 6, 2010

Migalhas não chegam para me curar a fome...
Sei que há coisas que não me podes oferecer mais... Mas eu preciso delas...
Anda lá, volta... Nunca mais te pedirei nada... Só não parece justo oferecer-me o que ofereceste e arrancá-lo de mim... É demasiado cruel... Regressa dos teus tormentos para me preencheres... Sinto-me tão só sem a tua metade...
Sinto o inverno a chegar, sinto o casulo a convidar-me... Foi tudo muito bonito, mas é hora de partir, fechar-me... O mundo real não foi feito para mim... Quero enroscar-me e dormir...

Friday, November 5, 2010

Claro, mas claro... Quem mandou o lodo falar? Quietinha no meu canto é que eu estava bem...
Um dia hei-de escrever-te um livro, mas esse dia ainda não chegou...
Se procurar mais migalhas, vou furar o chão...


Afinal é só silêncio...

A multidão que julgava ouvir
é apenas o eco da minha gritante solidão
a reproduzir-me mil vezes num espelho partido

(03/11/2010)