Friday, November 20, 2015


Não tenho pretensões de ser muito,
a vida despiu-me desses subterfúgios,
fez por calar a minha voz de vaidade,
e perceber que nada valho.

Minto, rindo, dizendo que não me importo,
que não me assusta a mortalidade;
minto, com quantos dentes tenho!,
minto e ignoro a dor que me abala.

Oh, quão perdida me encontro,
quão desolado o eco dos meus passos,
num vaivém numa sala despida,
quão gigante me soa o silêncio,
quão transbordada a minha caixa de memórias...

Dentro de mim não corre esperança,
ou brinca de esconde-esconde...
Barafusto e revolto-me com a minha inércia,
mas aqui me quedo, impotente.
Que fazer?

29/07/2015

6 comments:

  1. Adorei, lindissimo texto.

    Segui!

    beijnho,

    McTBeauty
    http://mctbeauty.blogspot.pt

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  2. <3
    Gostei muito do teu poema!

    http://www.insanelyit.com/

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  3. Bonito. Bom fim de semana!

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

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  4. R: É verdade e se entretanto pintar o cabelo dou notícias no meu blog :)

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  5. Adorei o poema..muito bonito mesmo! =) Fico à espera de ler as próximas publicações.
    Segui-te =) Faz uma visita ao meu blog e espero que também gostes..;)
    http://nuancesbyritadias.blogspot.pt/

    Beijinhos*

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