Caí do outro lado da rua,
desmaterializei-me,
costas num abismo,
pernas quebradas,
lírios de choro na sepultura,
sonhos...
já nem tinha sonhos,
partiram-mos em bocados
e atiraram-nos aos porcos,
e eu a ver,
parada,
capturada no meu medo,
só.
Quis gritar, juro,
mas sufoquei,
apertei demais o pescoço,
mas aqui fiquei,
resistente.
Não queria...
Mas quero agora.
Este lado da rua não é assim tão mau.
No comments:
Post a Comment