Wednesday, May 4, 2011

Sabem o que mais odeio em mim? A maneira como olho para as relações como se fossem uma montanha russa. Olho para elas e sinto a subida, subida, subida... E estou sempre à procura do ponto de "plateau", que antecede a queda. Fria e apreensivamente. Teimo que aí vem, mas não quero ver. Tenho dois pés que se odeiam. Um que nunca sai do chão, que pregou bem fundo, que jurou que nunca mais largava a segurança de não esperar nada da vida. Mas o outro voa quilómetros, saltita bem lá no alto, nas nuvens de algodão doce, que acredita no amor com quantos dedos tem. É por isso que, se uma parte de mim só admite a existência de montanhas russas que sobem e inadvertidamente descem, há uma outra que acredita que há algumas que chegam à lua, e de lá não voltam. Assim há Neil Armstrong. Com bandeira e tudo.

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