Sunday, July 21, 2013




Fotografias amachucadas, retalhos secos de canções, sombras de risos, um ror sem fim de ideias descabidas, criadas para outra realidade...
Espelhos sobre espelhos, máscaras, rosas...rosas de cheiro fétido, intoxicante, virulento mas viciante.
Quem não tem amor próprio condena-se indefinidamente a estender as mãos defuntas, a oferecer-se até à exaustão, a prostituir os seus sentimentos, a perder forças e perguntar-se se será suficiente...se finalmente conseguirá ser amado desta vez...para perceber que as gotas que sente cair-lhe na pele não são lágrimas da perfeição prometida, mas resíduo estéril da eterna confusão entre carne e alma, que apazigua por momentos o buraco negro onde antes pulsavam epopeias...

2 comments:

  1. Volto, volta e meia, na esperança de ver mais textos teus. Sei que agora será uma fase com menos probabilidade, mas depois não te esqueças deste teu canto que também é tão tu.
    Força para esta ausência e regressa como o furacão que nos habituaste ;)

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    1. sem palavras :$ hei-de voltar...para já falta-me inspiração. O cansaço ainda é muito... Mas voltarei. Choca-me ver quanto tempo estive longe já.

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