Odeio que sejas assim, tão frágil, tão paralisada pelo medo... Porque te atiras contra mim com toda a força como se esperasses desfazer-te a cada momento? Não compreendo essa tua vontade de auto-destruição... Procuras o vazio de cabeça baixa e choras quando o encontras? Mas afinal o que queres de mim, que morra também? Não quero. Não te devia querer. Arrastas-me nesse caminho de amor e dor. És louca, e mil vezes desejo que nunca te tivesse olhado nos olhos, nunca te tivesse despido essa pele e conhecido essa alma de tormentas. Desalinhaste-me a vida... Andas aí, de coração desgarrado, uma lapa de facto, a pior das viúvas negras... E o pior é que não te consigo largar, dói. Penso em nunca mais ver esses olhos de bambi - que por vezes ecoam a maior felicidade, mas tantas vezes se fazem inertes, olhando o nada - e sinto uma desesperança enorme. Porque te quero. E não devia. Mas o meu peito continua na ilusão de que um dia o teu coraçãozinho tímido arranje coragem de entrar dentro dele...e embalsamar essa tua dor onde não te possa ferir mais...
Tenho lido este texto em dias diferentes e, cada vez que o leio, dá-me a sensação que se tratam de diferentes intervenientes... parece que se adequa ao sentimento aquando da leitura.
ReplyDelete(se tiveres tempo podes-me dizer que partes são para ti?)
adorei o post. *
ReplyDeleteTrouxe-me lágrimas aos olhos
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