Eles? Eu não quero saber deles. Estou-me nas tintas. Se nasci para ser queimada na fogueira, que seja. Não vou deitar por terra a parca confiança que vim desenvolvendo ao longo destes anos, não me deito fora mais. A desmaterialização custou tanto, quase me matou, não o faço mais, desculpa. Se tens vergonha, foge. Esconde-te. Admite perante a sociedade que ela é mais forte que eu. E ela sorri e fica contente, porque tem mais um carneiro. Mais alguém igual. Riam-se vá! Riam-se das pessoas ridículas que, curiosamente, são bem mais felizes que vocês e as vossas vidinhas comuns. Não pedi para ser única. Construí-me assim. E mil vezes assim. Mil vezes única. Vocês riem-se de mim porque eu sou diferente. Eu rio-me de vocês porque são todos iguais. O mesmo carneirismo hitleriano, a mesma falta de confiança, os mesmos gritos calados, domesticados. Não sou um animal de cercado, sou livre, LIVRE. E caio, se for preciso, não quero saber. Pisem, vá. Cuspam. Não têm mais nojo de mim do que eu de vocês. Só têm mais inveja, porque no fundo queriam mesmo mesmo era ter coragem para ser o que são, mas falta-vos os tomates. E eu não quero ser como vocês. De todo. Vá, tentem aprisionar-me... Não contava era com essa ajuda... Ironicamente, são as pessoas que mais gosto que vos estendem a chave destas algemas... E eu que pensei que só me queriam ver voar... Como posso eu gostar de mim quando nem eles o fazem? Realmente, não devo prestar para nada.
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