Wednesday, January 26, 2011
Tuesday, January 25, 2011
Hoje enterro-te. Reenvio-te para o local de onde nunca devias ter saído. Sua puta. Não te rias. Não tem piada. Sai lá mais uma vez, vá. Abre essas pernas. Geme alto. Enlouquece. É a última vez. Metes-me nojo. E não me chames de ingrata. Livra-te disso. Não foste tu que me salvaste. Só me tapaste os olhos até eu acordar.
Monday, January 24, 2011
Wednesday, January 19, 2011
Gostava de saber como é que as pessoas fazem isso. Como é que cospem no chão coisas que tinham valor...como é que deitam fora peluches que foram abraçados todas as noites...como é que perdem na mente sentimentos que se julgavam infinitos...
Não sei fazer dessas coisas...Vivo como se morresse amanhã, não penso, não pondero, não mudo coisas que sinto... Sou genuína. Quando amo, amo. E quando odeio, odeio. Não muda. Não anda assim, ao sabor do vento, ora odeio, ora amo, não, sou constante. Quando olho nos olhos de alguém e lhe digo que o quero para sempre, é verdade. É imutável. Quero. Sempre quis. Mas não se pode querer o que não se pode. E por isso vou saltitando, vou avançando no tabuleiro, esperando por quem me queira realmente comprar. Não alguém que minta... Não alguém que se engane. Não quero enganos, não os quero mais. Basta. Se não, prefiro manter-me na prateleira, amando-me a mim mesma, vivendo para mim mesma... Não nasci para isso, mas que sabemos nós sobre isso afinal? Não, não me importo mesmo nada... Mas se for para bater nesta porta, neste corpo velho cansado, que não seja com falsas promessas. Prefiro uma certeza dura e crua a quimera impossível.
Tuesday, January 18, 2011
Não, não quero ser como tu! Igual a ti, igual a todos... Não quero fotocópias, quero ter um reflexo só meu. Quero ter mãos só minhas, olhos só meus, sonhos que só a mim pertençam! Dispenso ser mais um carneiro, não quero pastar aí... Há ainda tanto por detrás do espelho! Miragens só minhas, genialidades que de mim nascem! Não, não me convencem. Vou antes por aqui.
Monday, January 17, 2011
Não. Chega para lá. Não venhas cair neste abismo. Aviso-te. A minha vida é demasiado turbulenta, as emoções são violentas, consomem-te em três tempos. Não venhas. Fica aí. Sou perigosa. Venenosa. Engulo almas, devoro-as, agrilhoo-me a ti e nunca mais parto. E não foste feito para isso. Sei que não foste. Eu sou um novelo pegajoso, não caias na teia, arranco-te a cabeça e faço dela um troféu só meu. E NUNCA mais te largo, és prisioneiro, até que me craves uma estaca no peito. Assim, à queima-roupa, de lágrimas sangrentas a escorrer-me das órbitas, bramidos de morte nos pulmões cansados, assim à filme, que tudo em mim é teatral. Assim como quem se ancorou a ti e é incapaz de se levantar, peso morto. Vou ser um peso morto para ti, vais ter de arrastar o meu cadáver para o lado. Por isso não venhas. Estou só a avisar-te. Deixa-me ser estéril sozinha.
Sunday, January 16, 2011
Senti algo verdadeiro. Não foi uma miragem. Ninguém me tira essa felicidade.
Só escusava de ter doído tanto perdê-la. Só escusava de ter sido tão cruel, tão inesperado, tão inexplicável...
O porta-chaves continua lá, para a casa que nunca há-de existir, que agora nunca vai existir... Eu sei que ainda tens o teu...
Mas o que fazer quando os sonhos se desmoronam senão juntar os cacos e procurar uma nova casa? Uma casa real, que não seja feita de sonhos nem promessas...
Não gosto de andar por aí de braços esticados, dispenso pedir amor, abomino revelar-me frágil, como sou, máscaras estilhaçadas, camada sobre camada, só verniz, nada verdadeiro... Evito que me vejam os olhos. E o pior é que, quando descubro pessoas às quais me quero entregar, às quais mostro a minha alma nas palmas das mãos, tão pulsátil, tão visceral, tão como eu, elas não aguentam a enxurrada. Acabam por partir. E eu pergunto-me porquê mostrar-me de todo, porque não manter este coração encarcerado, bem longe das emoções mundanas?! É que, julgo eu, há um limite para o número de implantes cardíacos que me é possível fazer...
Nunca se conhece ninguém, nunca temos ninguém nas mãos, é tudo um engano, uma falácia, criada para nos fazer continuar a viver. Tantas vezes quis morrer, para quê, porque não, não me importo, fiquei-me por olhar as alturas, mas quis mais, fiz mais do que isso. Tenho pena de quem se ilude, de quem pensa que encontrou respostas fora de si, sempre fora de si, quem se recusa a olhar para dentro. Enganam-se tolos, metem-me tanta pena, vais cair no teu engano de novo, mas pouco me importa, fui história, mas agora só quero presente, só quero emoções verdadeiras, não quero ser a luz de ninguém,. não quero esse fardo, só quero ser eu. Gritar, ser o que sou por mim. Não há mais ideias gémeas. Fui idiota em querer um espelho, para que o queria eu, já me tenho a mim, sobravam as sombras... Sabes, era tudo demasiado perfeito. E a perfeição quebra, rasga-se, magoa demais! De agora em diante, só quero sonhos imperfeitos, que eu possa moldar, dobrar com as mãos, lascar unhas, trabalhar pela minha felicidade! Não aceito mais presentes que me caiam no colo!
Sou uma puta triste
a cantar uma letra que desconheço
sou fraca e odeio-me por isso
só queria rasgar a pele
matar este sabor
estou suja
tão imunda
tão perdida do que quero
Vendo os meus sonhos
os meus gritos
mágoas
e todos querem ouvir-me cantar
mas ninguém se importa
sou má
Estou entorpecida
desligada
morta
mas ninguém liga
vigas de uma casa ruída não atraem multidões
estou só
abrindo os braços
matando o choro com mais um comprimido
e danço e pulo
mais uma vez
até à próxima queda no abismo
até a ressaca me sacudir baixinho
e sussurrar ao ouvido
"és nada"
Sou uma puta triste
há muito que deixei de sonhar
Wednesday, January 12, 2011
Admito, tinhas razão... Não és a pessoa para mim. Talvez tenhas sido, um dia, mas ficaste-te por aí, foste apenas um talvez, brincando com os meus braços delicados e a minha mente de menina... Deixei-me rodopiar em torno de ti, tu eras tão quente, nem percebi quando te converteste num buraco negro e me sugaste toda...e eu me abandonei.
Monday, January 10, 2011
Saturday, January 8, 2011
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