Odeio metades...
provavelmente porque sempre as senti na pele.
Odeio quases...
porque me tornaram a alma velha, decrépita.
Divido-me entre a meninice de tentar mais uma vez
e o Restelo que me pulsa no coração transplantado
e grita indignado que devo parar,
que devo desistir, aceitar a derrota.
Mas eu, teimosa, ignoro todos os avisos,
piso as orelhas até fazer sangue para não escutar,
e continuo a caminhar em frente!
Não posso perder sempre.