Constantemente caio no "talvez". Tenho medo de afirmar os meus desejos e sentimentos com certeza, provavelmente porque os vi tantas vezes rasurados contra vontade. Porque tantas vezes amei a coisa errada. Amei o que pensei que me salvaria, quando só sobrevivia de abraços secos, estéreis.
E agora, meu salvador, eis-nos aqui, incrédula eu ainda, atordoada até, passados quase 12 meses. Meses em que me faltou o ar, em que me faltaram as palavras. Meses em que duvidei, meses em que acreditei com todas as forças... E esse "talvez", que tanto teima em me acompanhar, desprende-se aos meus poucos das teias do meu coração, e deixam-no cantar. Sei bem que o que quero é unir-me a ti. Sem "talvez". Sem dúvidas de que és o homem que me completará como nenhum outro. Que no meio do choro e da dor, me farás sempre levantar com um sorriso. Que és a única pessoa com a qual quero viver para sempre.
Resta é saber se alguma vez terei coragem de to confessar.